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Home Care para pacientes com sequelas da Covid-19.

No ano pós-pandemia, com avanços tecnológicos na produção de vacinas e novas descobertas da Covid-19, ainda há muito a aprender sobre uma doença que infectou mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo e matou mais de 3 milhões.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu recentemente um alerta sobre os efeitos a longo prazo da Covid-19. As pessoas que passaram longos períodos de tempo lutando contra uma doença em um hospital, segundo a organização, precisam de cuidados contínuos e prolongados.

 

De acordo com um novo resumo da política da OMS e do Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde, as consequências da doença atingem uma em cada dez pessoas. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Leicester, no Reino Unido, a situação se agrava nos casos graves, deixando sequelas em seis a cada dez pacientes internados pela Covid-19, mesmo após cinco meses de tratamento médico, segundo um estudo que analisou quase mil pessoas que foram hospitalizadas entre março e novembro de 2020.

 

O foco da atenção domiciliar está na reabilitação desses pacientes. No entanto, dependendo das consequências da doença e do nível de dependência do paciente, esse tratamento pode variar de uma única visita de terapeuta a um regime de multiterapia.

 

Existem dois tipos de pacientes pós-covid-19 em atendimento domiciliar: casos graves e casos leves e moderados. Pacientes com doenças graves que ficam internados por um longo período de tempo podem apresentar mais limitações, como polineuropatia, fraqueza, formigamento e dor, em decorrência da permanência prolongada e imobilidade. Pacientes com lesões pulmonares extensas, como a Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (Sara), podem ter seu desempenho nas atividades diárias reduzido, resultando em maior dependência.

 

Casos moderados e leves, em geral, apresentam fadiga crônica, cansaço ou dispnéia (falta de oxigênio). Dependendo da gravidade, os pacientes podem não conseguir realizar tarefas simples, como vestir-se, necessitando de assistência.

 

O tratamento para esses pacientes consiste na reabilitação. A internação foi apenas o começo; o processo de recuperação pode levar meses. Multi Terapias, como terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia, são utilizadas nesses casos.

 

A fisioterapia desempenha um papel importante nesse processo, com o objetivo de restabelecer a função circulatória, pulmonar e muscular. Pacientes com problemas de deglutição, decorrentes de longos períodos de intubado ou traqueostomizado, se beneficiam da nutrição enteral, que os alimenta por meio de sondas. Alguns pacientes podem desenvolver um padrão de emagrecimento, necessitando da assistência de um nutricionista para restabelecer e garantir o melhor suporte nutricional, o que é fundamental durante o período de reabilitação. A internação prolongada está ligada ao estresse pós-traumático, com maior destaque no caso da covid-19, pelo medo da doença, isolamento e preocupação com a família.

 

Em certos casos, a recuperação é lenta; o tempo médio para a reabilitação completa é de seis meses, mas isso pode variar muito dependendo do nível de dependência do paciente. Muitas vezes, as consequências impedem o paciente de retornar ao seu modo de vida anterior, mas a reabilitação permite que ele se aproxime do que era antes da doença. 

 

Outra parte fundamental do processo de reabilitação é a saúde mental. A doença deixou sua marca, a batalha contra o vírus começou e agora é hora de lutar contra as próprias limitações!

 

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