Antes de falar qual é a importância do apoio psicológico nos cuidados paliativos, precisamos deixar claro: todos os especialistas que entram em cena nesse tipo de tratamento fazem diferença.
Sim, para que esse esforço traga os resultados de bem-estar e qualidade de vida esperados é necessário o trabalho conjunto de uma equipe multidisciplinar.
Mas, neste artigo, em especial, vamos focar no papel estratégico do psicólogo. A ideia é que você possa visualizar com clareza qual é a sua função e de que forma ele contribui com os envolvidos, no caso, o paciente, seus familiares e até os outros profissionais.
Continue aqui com a gente e saiba:
- O que são cuidados paliativos
- Quais os principais objetivos dos cuidados paliativos
- Qual a importância do psicólogo nos cuidados paliativos
- Qual o papel do psicólogo nos cuidados paliativos
- Onde contar com uma equipe multidisciplinar e integrada para os cuidados paliativos
O que são cuidados paliativos?
Para evitar qualquer confusão, vale a pena começar deixando claro o que não são cuidados paliativos. Eles não são:
- medicina com intenção de cura e nem
- abandono do paciente terminal
Não se trata de algo ruim, pelo contrário.
Segundo a própria definição da Organização Mundial da Saúde, trata-se de um conjunto de ações que envolvem diversas especialidades ligadas à saúde para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e dos seus familiares no enfrentamento de doenças crônicas ou que oferecem risco de vida.
Quais os principais objetivos dos cuidados paliativos
Os principais objetivos dessa abordagemnão são promover a cura em si, mas:aliviar sofrimentos, aumentando o conforto, a dignidade e o bem-estar de alguém que passa por determinados quadros delicados e das pessoas próximas.
Isso envolve várias esferas – física, espiritual, social e, claro, psicológica por meio de um suporte emocional.
Apesar de a intenção paliativa não ser a de tratar a doença, vários estudos demonstram que esses cuidados colaboram para o alcance de resultados, como:
- mais chances de o paciente desenvolver autonomia nas atividades da vida diária
- maior controle dos sintomas
- mais chance de o paciente viver com qualidade durante a fase terminal da doença
Qual a importância do psicólogo nos cuidados paliativos?
Em geral as doenças – especialmente as crônicas ou as que ameaçam a vida – acabam levando o paciente a um estado de fragilidade e de dor. E não só fisicamente.
É comum que a pessoae seus familiares fiquem abaladosemocional e mentalmente, que desenvolvam quadros de ansiedade, estresse e depressão, entre outros.
É aí que entra um dos papéis estratégicos do psicólogo. Com uma compreensão global, mais abrangente do ser humano, ele colabora para resgatar a dignidade e o bem-estar, trabalhando as dimensões psíquica, social e espiritual dos envolvidos.
Qual o papel do psicólogo nos cuidados paliativos?
Em termos práticos, não existe um manual para isso. Ou seja, cada situação demanda ações específicas.
Mas, de maneira geral, seu papel costuma incluir, por exemplo:
- Estimular e facilitar a tão necessária verbalização sobre o que está acontecendo
Entrar em contato com seus sentimentos e verbalizar faz toda diferença. Isso evita que as pessoas sofram sozinhas e que acabem potencializando suas inseguranças, ansiedades e medos.
Quando os cuidados paliativos envolvem pacientes terminais, cabe ao psicólogo também quebrar qualquer tabu sobre a morte (apresentando-a como um processo natural) e, em muitos casos, oferecer conforto espiritual. Ou seja, contar com a fé como um recurso de suporte emocional, ajudando o paciente a se fortalecer, enfrentar seu quadro e ressignificar a vida.
- Escutar de forma acolhedora, atenta e ativa
O psicólogopaliativistaé preparado para ouvir atentamente o que cada pessoa envolvida no processo diz (de forma verbal ou não).
Com isso, é possível que ele identifiquepossíveis desordens psíquicas. E possa trabalhar para aumentar processos de aceitação, elaboração e superação, além de minimizar sofrimentos, estresse e mecanismos de defesa negativos.
- Ressaltaro lado humano do tratamento
É claro que os avanços tecnológicos e as buscas pela eficácia curativa são fundamentais.
Mas é igualmente importante que o paciente e seus familiares sintam-se cercados de empatia, amor, calor humano e afetividade.
Esse é mais um cuidado presente no apoio do psicólogo paliativista.
- Equilibrar as relações com a equipe e integrar todos os envolvidos
Como grande conhecedor das mentes humanas, o psicólogo também busca manter o equilíbrio nas relações entre a equipe e facilitar a comunicação de todos, favorecendo as trocas entre os envolvidos.
Isso acaba colaborando para uma maior integração do lado clínico com os lados psicológicos, familiares, sociais e espirituais.
- Facilitar a reintegração do paciente à sociedade
Dependendo do quadro, o psicólogo pode ainda oferecer um suporte emocional ao paciente que colabore para que ele viva de forma ativa, com uma rotina bem parecida com a que existia antes da doença.
- Garantir que o paciente e a família estejam bem informados
Oferendo todo o respaldo emocional que o paciente e a família precisam, o psicólogo deve também garantir que eles sejam informados com clareza sobre cada etapa do quadro clínico. E que possam tomar decisões conscientes, respeitando antes de tudo as vontades e os desejos da pessoa que tem a doença.
Onde contar com uma equipe multidisciplinar e integrada para os cuidados paliativos?
Aqui na Rede Sanare você encontra uma equipe multidisciplinar que trabalha de forma harmônica e integrada.
Além de especialistas em psicologia paliativa, você conta com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, nutricionistas etc.
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